Média de infestação predial pelo mosquito da dengue fica em 0,8%, aponta Liraa
O segundo Levantamento de Índice Rápido para Infestação pelo Aedes aegypti (Liraa) realizado neste ano, entre os dias 5 a 9 de abril, colocou Umuarama com indição de baixo risco, abaixo do limite de 1% recomendado pela Organização Municipal da Saúde (OMS). Embora a situação esteja desfavorável em alguns bairros, na maioria da cidade não foram encontradas larvas do mosquito transmissor da dengue, zica vírus e febre chikungunya. O Índice de Infestação Predial (IIP) do município ficou em 0,8%.
O resultado foi bem melhor que o primeiro Liraa do ano, quando foram encontradas larvas do inseto em 2,5% dos imóveis visitados entre os dias 4 e 8 de janeiro pelos agentes de combate a endemias do Serviço de Vigilância Ambiental da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa). De acordo com a OMS, abaixo de 1% é o ideal (baixo risco de infestação), de 1% a 3,9% é considerado médio risco e acima de 4% alto risco.
Por unidade básica de saúde (UBS), a situação mais crítica foi apontada no Parque Jabuticabeiras (IIP em 5,3%), Jardim São Cristóvão (2,6%) e Parque San Remo (2,5%). O índice de infestação ficou acima de 1% também nas unidades Primeiro de Maio e Lisboa (1,7%), Jardim Cruzeiro (1,6%) e Cidade Alta (1,2%). No Jardim Panorama foi de 0,7% e em outras dez UBS ficou em 0,0%.
Já na avaliação por localidade (bairro ou ponto de referência), os índices mais altos foram detectados no Jardim Petrópolis (6,9%), Parque Dom Bosco (6,4%), região da Escola Vinícius de Moraes e Jardim Lisboa (5,9%), Parque Jabuticabeiras (4,3%) e Colégio Monteiro Lobato (4,0%). Houve índices elevados também no Jardim Verde Vale (3,8%), Parque do Lago (3,6%), Jardim São Cristóvão (3,4%) e Jardim Aratimbó (2,6%).
“Em 13 localidades o índice de infestação predial variou entre 1,5% e 6,9%, porém em 48 localidades o índice foi zero, lembrando que nossa cidade é dividida em 61 localidades para organizar o trabalho dos agentes de combate a endemias, que realizam vistorias diárias além de atenderem denúncias e reclamações sobre a existência de criadouros”, explicou a secretária municipal da Saúde, Cecília Cividini.
De acordo com a secretária, embora a situação seja de aparente controle não se pode afrouxar nos cuidados preventivos. “A média geral de Umuarama foi boa, abaixo do limite preconizado pela OMS, mas em alguns bairros tivemos alta infestação do mosquito. A Vigilância Ambiental fará um trabalho especial nesses locais, mas pedimos a toda a população que mantenha os cuidados em suas casas, quintais e comércios, e elimine recipientes que possam acumular água e favorecer a reprodução do mosquito. Nós sabemos o que fazer, mas é muito importante dividirmos a responsabilidade”, alertou Cecília.
Também recomenda-se manter calhas limpas, cobrir tonéis e baldes d’água e colocar areia nos pratinhos dos vasos de plantas, além de fazer vistorias periódicas no quintal para eliminar criadouros. “Uma tampinha de garrafa PET é suficiente para o mosquito colocar seus ovos. Devemos manter a atenção e fazer nossa parte para evitar o pior”, completou. No atual ano epidemiológico, Umuarama conta com 81 casos confirmados de dengue dentre as 849 notificações registradas até o momento.