Usina de britagem processa fresado de asfalto para aproveitamento em ciclovia
A usina de britagem da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente está processando rejeitos de asfalto para o cascalhamento da ciclovia que a Prefeitura está implantando entre o trevo para Maria Helena e o entroncamento da Estrada Pioneiro, que liga a rodovia PR-482 à Estrada Juvenal e também ao distrito de Lovat. Pavimentada em parte de sua extensão – outra obra do governo municipal –, a estrada passou a ser rotineiramente utilizada por ciclistas para pedaladas diárias.
O diretor de Meio Ambiente, Matheus Michelan Batista, lembra que a usina produz três espessuras diferentes de cascalho com amplas possibilidades de utilização na conservação de estradas rurais e ruas sem asfalto. A capacidade de produção é de até 20 m³ por hora, com separação das ferragens contidas no entulho recebido das estações da triagem das empresas que trabalham com caçambas, das obras municipais e do serviço público de limpeza.
“Esse material já foi dispensado em aterros e espaços particulares, às vezes de forma irregular em fundos de vale. Com a usina, o município passou a oferecer às empresas do setor a opção de dar a destinação correta aos restos de obras”, lembra o diretor Matheus Batista.
O processamento inclui triagem nas esteiras para separar madeira, plástico, vidro, papel e metal. Em seguida o material é triturado e a brita resultante é separada automaticamente por tamanho. “O produto nos auxilia na recuperação e conservação das estradas, reduzindo despesas com a aquisição de cascalho”, lembrou o secretário de Serviços Rodoviários, Mauro Liutti.
O secretário informa que o material permitiu o cascalhamento completo da Estrada Passa Quatro, próximo ao distrito de Lovat, de parte da Estrada Amarela e de vários trechos em outras vias de leito natural do município. O prefeito Celso Pozzobom lembra que Umuarama tem mais de 600 km de estradas não pavimentadas que exigem cuidados constantes e o cascalhamento reduz a necessidade de manutenção.
Com o fresado de asfalto o processo é o mesmo. A usina, que teve o investimento de R$ 479 mil na aquisição e R$ 30 mil em obras estruturais para a instalação no Aterro Sanitário Municipal, em recursos da Prefeitura, fraciona o material e possibilita um serviço de qualidade, permitindo a aplicação em camadas e uma compactação mais uniforme.
“Estamos realizando um procedimento experimental. O trabalho está sendo muito bem-feito nesta ciclovia e tudo indica que o sistema poderá ser utilizado em outros espaços, assegurando mais locais para a prática do ciclismo com conforto e segurança aos umuaramenses”, completou o secretário de Obras, Planejamento Urbano, Projetos Técnicos e Habitação, Isamu Oshima.